Guadalupe é um nome improvável. Como a história de amor que a fez nascer. Elisabete e Pedro apaixonaram-se, apesar dos vinte anos de diferença. Ficaram noivos em Paris e casaram “cada vez mais apaixonados”. A pequena Lupe nasceu há 11 meses de cesariana. “Foi teimosia”, brinca Elisabete que desejava uma parto natural.
Para Elisabete amamentar é “tão natural quanto engravidar. Por isso, nunca esteve em causa ser ou não uma opção”. Os primeiros segundos de vida de Guadalupe, os primeiros momentos de pele com pele, o instinto de procura da mama, reforçaram as certezas que mamar era parte desta história de amor entre mãe e filha. Elisabete chama-lhe “o nosso destino”.
Em mais uma prova da sua teimosia, ou do “salero” que o nome de origem hispânica carrega, Guadalupe decidiu que queria apenas a maminha mais perto do coração. O desafio foi conseguir que Lupe aceitasse a mama direita. “A Lupe sempre mamou muito bem na maminha esquerda, mas depois de muita luta, dor e lágrimas, a maminha direita também venceu”, conta a mãe que, depois dos seis meses de amamentação exclusiva, tenciona continuar até um desmame natural (desmame por opção do bebé).
Guadalupe escolhe quando, onde e como mamar. Mesmo quando gatinha a toda a velocidade pelo corredor fora, faz a sua pausa para mamar. Será sede, fome, mimo ou conforto? Elisabete tem a certeza da resposta: é tudo isso e é maravilhoso.