Quando pedi à Ana que participasse no Loove, disse-me: “mas eu tapo”. Respondi-lhe: “mas dás de mamar”. Amamentar é um conjunto de opções que se querem serenas e felizes. E esta sessão mostra exactamente isso.
Ana confessa que nunca pôs a hipótese de não dar de mamar.
Caetana, a terceira filha de Ana e Hugo, teve a sorte de ser a terceira. Ana estava consciente das dificuldades e, a conselho da cunhada, quis aprender mais. As sessões de esclarecimento sobre amamentação deram-lhe a confiança necessária para saber que iria amamentar a Caetana.
Carlota foi um desafio porque “muito envergonhada em dar em público” corria para casa cada vez que chegava a hora de mamar. Quando Concha nasceu, Ana já tinha descoberto os aventais de amamentação mas o cansaço e o medo que Carlota sofresse com a chegada da irmã, foram um “bloqueio”. Ana ficou desiludida e frustrada mas prometeu que, na próxima vez, seria diferente.
“Não larguei as enfermeiras até que me dissessem que ela estava a pegar bem na maminha e não apenas no bico (que tinha sido o grande erro nas anteriores e daí ter dores tão grandes que cada vez que chegava a hora de amamentar eu trepava paredes de tanta dor).”
Depois de duas semanas em que o principal foco foi a nova princesa da casa, voltaram a ser cinco a descobrir novas rotinas, mais cansativas mas felizes.
A amamentação, vivida da forma confortável, é para manter até aos cinco meses.
“Estou a dar-lhe um bocadinho mais de mim.”
Catarina Beato
28 de Agosto de 2013