O instinto de mãe é muito importante, mas não basta. A conclusão a que Andrea chegou, depois do nascimento de Rúdi, deixou-a “triste e revoltada”. Como é que uma coisa tão natural como amamentar um filho podia causar tantas dúvidas, tanta insegurança e tanta dor?
Para Andrea, amamentar fazia todo o sentido mas a realidade envolveu persistência, teimosia, determinação e pessoas “fantásticas” que a ajudaram a ultrapassar as dificuldades.
Todo o apoio que recebeu levou Andrea a assumir a missão de ajudar as futuras mães a prepararem-se para os desafios da amamentação. “Acho importante falar sobre isto porque hoje sei que, no que toca a amamentar, um bom aconselhamento é crucial.”
Desafios iniciais ultrapassados, vamos por etapas: Rúdi mamou em exclusivo durante seis meses, agora vai a caminho dos 12 meses. Depois? “Antes de engravidar (e durante a gravidez) via com estranheza a amamentação prolongada. Hoje dou por mim a pensar com um sorriso parvo de que forma é que o piolhito falante me pedirá para mamar.”
Não vale a pena fazer planos. Mas isso Andrea já aprendeu. Apaixonou-se, perdidamente, pouco tempo antes de ter ido estudar para Inglaterra, regressou a Portugal e compraram uma caravana cheios de vontade de “de passear a nossa barriga”, dias depois foi internada com uma ameaça de parto pré-termo, e depois de uma cesariana marcada para dia 26 de Dezembro para terem um Natal descansado, Rúdi decidiu nascer a tempo de passar a festa com os pais.
É frase feita: mas nenhuma prenda se compararia a esta.
Catarina Beato
17 de Julho de 2013