Uma manhã de nevoeiro e um cenário de floresta encantada. Envolvidos nesta magia, Janaína falou-nos do nascimento do Martim, há sete meses. Descreve-o com o mesmo adjectivo que a sentimos: tranquilidade. Janaína lembra-se de ficar a admirar esta capacidade da natureza, duas pessoas fazerem uma outra pessoa. “Foi a manhã mais cheia de emoções da minha vida!”
Amamentar sempre foi um desejo. Assim como o corpo da mulher consegue carregar um filho, fazê-lo crescer dentro de si, Janaína considera que amamentar não é uma opção: vem “nas funções”. É aquilo que nos recorda que somos apenas um mamífero. “Quando amamento garanto que cresce, que se desenvolve, que tem mais amor e calor. É o retorno ao mais animal que temos e que ainda somos”. Ter um filho é esse encontro, ou esse reencontro como Janaína prefere chamar, com uma função primitiva que sempre tivemos e que, só neste momento, neste preciso momento, surge: “Ah, é isto então…”
Ser mãe tem sido um caminho de descobertas e “redescobertas”. Janaína reencontrou um amigo, conheciam-se há mais de 20 anos, e redescobriram-se, percebendo que a vida fazia sentido em conjunto, e depois com um filho.
Um caminho, a três, tranquilo.
Catarina Beato
10 de Julho de 2013